HISTÓRIA 4
ENQUANTO Eva se encontrava ali, junto da "árvore do conhecimento do bem e do mal", ouvindo as suaves palavras que a serpente lhe dirigia, surgiu em sua mente a primeira dúvida.
Deus dissera que se ela comesse dessa árvore, morreria. Agora a serpente lhe afirmava que não morreria. Quem tinha razão? Seria possível que Deus não dissera a verdade?
Ao pensar mais e mais sobre isso, a serpente continuou com outra insinuação diabólica:
_"Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal". Assim sugeriu que Deus fora injusto para com ela e Adão, retendo para Si algo que lhes pertencia. Além disso insinuava astutamente que Deus tinha ciúmes deles e temia que chegassem a ser tão sábios quanto Ele.
Era perverso e mau da parte da serpente dizer tais coisas, sendo que Deus fora tão bom com Adão e Eva. Mas Satanás é assim. Está sempre trabalhando contra Deus, sugerindo constantemente coisas duras e malévolas, procurando continuamente causar dificuldade e separar amigos.
A possibilidade apresentada por Satanás de conhecer o " bem" e o "mal" despertou a curiosidade de Eva. Até esse instante não conhecia nada relacionado com o mal . Até poderá haver perguntado a si mesma o que era o ma? Então lhe ocorreu que seria interessante descobri-lo.
Essa atitude é sempre perigosa. É o primeiro passo na senda da dificuldade e da desdita. Devemos manter-nos constantemente em guarda contra as sugestões de experimentar alguma coisa má para ver que gosto tem e que efeito faz. Não devemos procurar conhecer o mal. Estamos muito melhor sem esse conhecimento. Ninguém precisa pôr a mão num barril de alcatrão para saber que é negro. Eva foi-se rendendo pouco a pouco até que finalmente sucumbiu aos enganos de Satanás. Primeiro começou a duvidar da palavra de Deus. Depois pareceu-lhe que não havia muita importância se desobedecesse. Depois já estava pronta para tocar o fruto proibido. A tentação chegou, finalmente, a seu ponto culminante. Eva então estendeu a mão, tomou uma das frutas e a comeu. O paladar era delicioso. Perguntou se então porque vacilar tanto em fazê-lo. Depois de tudo, a serpente talvez tivesse razão. Deus possivelmente não se propunha a privá-la de um fruto tão lindo. Ela então apanhou mais e os levou para Adão, explicando-lhe o que acontecera. Adão também "comeu". Ele indubitavelmente terá dito:
_ Oh ! está bem! A serpente me disse que não morreria, e como você vê, não me aconteceu nada. Talvez Deus se tenha enganado.
Deus , porém, não se equivocara. Tivera boa razão para dizer a Adão e Eva que não comessem dessa árvore. Era a forma que tinha para descobrir se eles realmente O amavam. Havia lhes dado muito -- todo o bem em se pode pensar -- e em troca anelava receber amor. Amavam-O eles realmente? Amariam-O sempre? Como poderia estar seguro disso?
Existe uma prova de amor que nunca falha: a da obediência. Se realmente amamos a nossos pais, alegra-no-emos em obedecer-lhes. Por isso Deus disse a Adão e Eva que não comessem dessa árvore. Era uma prova simples. Se O amassem sinceramente, de todo o coração, não a teriam tocado. Então Deus lhes teria permitido viver para sempre. Ao vê-los desobedecer e comer da árvore, Deus sabia que não podia confiar neles; de maneira que tinham que morrer e voltar ao pó do qual foram tomados. Dia triste foi aquele!
Quanto estava em jogo nessa primeira prova! Se tão-somente tivesse considerado os resultados! Ai! não resistiriam á prova. Tão logo comeram do fruto, perceberam que as coisas não andavam bem. Começaram a ficar preocupados. Que pensaria Deus deles? Que lhes diria?
Sobreveio-lhes depois o temor e, quando as sombras da noite chegaram, cochichavam atemorizados. Toda a felicidade desaparecera de suas vidas. Pela primeira vez se sentiram tristes e miseráveis. O Éden já não lhes proporcionava nenhuma alegria. Queriam fugir e esconder-se. Esse porém, não resultou da desobediência? .
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