3 de janeiro de 2014

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DO SILÊNCIO SURGE UM CANTO

MUNDO que Deus criara era um lugar de indescritível beleza, mas apesar de toda sua formosura, era um mundo silencioso e vazio. 
Ao amanhecer o quinto dia, nem um som era ouvido em qualquer lugar, a não ser o sussurro do vento nas árvores e o marulhar das ondas nas praias. 
Não havia ali leões que rugissem, nem elefantes que barrissem nalguma clareira do bosque, nem sequer uma rã que coaxasse nos lagos cobertos de samambaia.
Nenhum cão ladrava, nem uivava um coiote, ou grasnava um corvo. 
Tampouco se ouvia som algum de voz humana. 
Nenhuma criança gritava ou ria. 
Quão silencioso deve haver estado tudo!
Deus, porém, não queria um mundo vazio e silencioso.
Ele estava criando a Terra para que fosse habitada, e todos os preparativos que fizera no primeiro dia, no segundo, no terceiro e no quarto, tinham o propósito de preparar um lar para uma infinidade de seres viventes.
De maneira que, sob os cálidos e brilhantes raios do Sol que brilhavam a paisagem florida e o profundo mar azul, Deus Se pôs de novo em ação.
"Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus.
"Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejavam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. 
E viu Deus que isso era bom.
"E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves". 
Que dia foi esse! Dia maravilhoso! Não queria você realmente ter estado ali? Eu queria. Eu teria gostado de ver quando Deus fazia o primeiro peixinho colorido, o primeiro salmão prateado e quando enviava para as águas a primeira baleia que surgiria do mar como um gigantesco submarino.
Quando haverá Deus Se alegrado ao criar os animais marinhos! Mas como pôde pensar em tantas espécies? Projetou a corpulenta toninha, a diminuta truta parda, o maravilhoso peixe-agulha azul e a reluzente sardinha, o pequenino barrigudinho, o peixe-roda, o peixe-espada, a estrela-do-mar, o molusco, o caranguejo, o camarão, a lagosta e a enguia.
Nem se quer posso começar a pensar em todos eles. Mas Deus pensou em todos  eles.
Projetou e criou a todos em um dia, diferentes, com a faculdade de viver, de mover-se e de respirar... respirar embaixo da água!
Quão admiração! E como se criar mil variedades de peixes, todos de uma vez, fosse pouco, nesse mesmo dia fez também as aves. 
Sua mente prodigiosa planejou a envergadura da águia, a vistosa plumagem do pavão, o brilhante colorido do papagaio, a habilidade do melro para imitar outros pássaros e a habilidade do beija-flor de voar para tráz. Olhe ! Olhe bem para eles! Que espetáculo maravilhoso! Centenas e milhares de aves de todo tamanho, forma e cor que se levantam da terra batendo as asas, ascendendo a descendo em rápidos vôos, indo daqui para ali, animados no pleno gozo de viver.
Que é isto agora? O silêncio foi finalmente quebrado. Procedentes de todas as partes, chegam melodias. São as aves que começaram a cantar! O ar se enche de doces canções.
De lonje chega o canto suave da cotovia; dentre a espessura do bosque se ouve a incomparável melodia do rouxinol. Aqui o incessante palrar dos pardais e ali o arrulhar das pombas enquanto que os cucos, sabiás, noitibós e pintassilgo elevam seus festivos hinos de louvor ao Criador. Que coro estupendo! "Houve tarde e manhã, o quinto dia".

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